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domingo, 1 de dezembro de 2013

Maria de Fátima /// panaceias



Saudade é assim como doença.
Só passa com remédio forte.  Não nos iludamos.
Para matar saudade
mesmo, mesmo, tem que ser com pele na pele. Abraço e mais abraço e mais abraço. E beijo, claro! E o olfacto... Aquele odorzinho bom que fica no contacto, um corpo coladinho ao outro. Mas para matar saudade ainda é preciso (indispensável, digo) que a gente se fique olhando um belo pedaço. O tempo suficiente. Não tem dose.  É quanto baste. Olhando e limpando lágrimas,   e ranhos, e sorrisos, e dizendo bobagens,  fazendo tolas interjeições. Só depois disso há palavras com sentido. Só depois entramos no ritmo.
Mas cuide-se… Saudade cura-se, mas tem recidiva forte.

Maria de Fátima


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