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domingo, 4 de agosto de 2013

Sophia de Mello Breyner Andresen /// Se todo o ser



Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus, em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma beberá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.

Sophia de Mello Breyner Andresen

1 comentário:

OutrosEncantos disse...

interessante!
ainda hoje me passei de mão dada com Sophia por esse mesmo poema :)

hummm... Paco de Lucia-entre dos aguas...!!!
gosto muito.

beijo, D. Juan, há muito que não passava para te cumprimentar :)