Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus, em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma beberá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Sophia de Mello Breyner Andresen
1 comentário:
interessante!
ainda hoje me passei de mão dada com Sophia por esse mesmo poema :)
hummm... Paco de Lucia-entre dos aguas...!!!
gosto muito.
beijo, D. Juan, há muito que não passava para te cumprimentar :)
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