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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Nuno jùdice.//// Braille



Leio o amor no livro
da tua pele; demoro-me em cada
sílaba, no sulco macio
das vogais, num breve obstáculo
de consoantes, em que os meus dedos
penetram, até chegarem
ao fundo dos sentidos. Desfolho
as páginas que o teu desejo me abre,
ouvindo o murmúrio de um roçar
de palavras que se
juntam, como corpos, no abraço
de cada frase. E chego ao fim
para voltar ao princípio, decorando
o que já sei, e é sempre novo
quando o leio na tua pele.

Nuno jùdice.
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decorando
o que já sei, e é sempre novo
quando o leio na tua pele.

Foto: MAIS UM POEMA DE AMOR  (a publicar)    queria escrever um poema de amor…  de adoração…  sem murmúrio de chuva   compassadamente a tombar…  dar a escutar segredos  de clemente coração…  fantasias do rumor do amor  sem avulsa linha de tempo em rubra fogueira…  queria escrever um poema de amor…  …  amor…  arte de elixir  insana saudade  amarga dor…  queria escrever um poema de amor…  ser quase verão  como quando embalo em teus olhos  e adormeço em ti…    Edite Gil



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