Abraça-me Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas. Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram. Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos.
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que delem fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
http://www.citador.pt/images/autorid20925.jpg
2 comentários:
OLÁ!!!Querido CONDE!!!!!
Lindíssimo este poema de Joaquim Pessoa!!!!!!
LINDO!!!Tudo o que aqui se publica!!!
Adoro o TEU ESPAÇO!!!!!
"E porque existes rsrs"
Aqui fica o MEU ABRAÇO!!!! rsrs
beijinho -como sempre-no teu coração
Rosa purpura
Lindissimooooooo!!!!!!!!!
beijinho <3
Enviar um comentário