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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

são reis

Já te quis tão desesperadamente
que quase implorei que me quisesses
Já te escrevi com o sangue da alma
e a transparência dos dedos
Já te toquei sem te ver
e já fiz amor contigo à distância
Já fiz do silêncio
o meu mais bravo e ruidoso sorriso
e tu nem deste conta!

Agora de ti
só quero as folhas desprendidas
das árvores
os barcos rumo a algum destino
longe da praia
Só quero as palavras
mesmo que não se te colem na pele
nem na lembrança
Agora de ti
só quero poemas
mesmo que os declame na névoa
e no escuro


são reis  


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