MARIA
Todo o passado, para mim, é morto,
E, no futuro, há só esperança infinda
Que eu sinto n'alma quando lembro, absorto,
essa mulher divinamente linda.
Todo o passado, para mim, é morto,
E, no futuro, há só esperança infinda
Que eu sinto n'alma quando lembro, absorto,
essa mulher divinamente linda.
Queria viver, nas sombras de algum horto,
Longe do Mundo, o sonho que não finda!
Viver com ela, viver nela, e absorto,
Morrer com ela, enamorado ainda!
Longe do Mundo, o sonho que não finda!
Viver com ela, viver nela, e absorto,
Morrer com ela, enamorado ainda!
Que a vida, sem amor, é desventura;
E, se a não vejo, eu vejo fatalmente,
Em toda a parte, a dor que me tortura.
E, se a não vejo, eu vejo fatalmente,
Em toda a parte, a dor que me tortura.
Ah, mas se a vida é o seu amor somente,
Porque sinto, meu deus, esta amargura
De a não poder amar eternamente?
Porque sinto, meu deus, esta amargura
De a não poder amar eternamente?
GUILHERME DE FARIA
in «Os Dias do Amor», por Inês Ramos,
Ver Ref.s em Livros de Apoio
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