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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Sebastião da Gama






Pequeno Poema

Quando eu nasci, 
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias, 
nem o Sol escureceu, 
nem houve estrelas a mais... 
Somente, 
esquecida das dores, 
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci, 
não houve nada de novo 
senão eu.

As nuvens não se espantaram, 
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme, 
bastava 
toda a ternura que olhava 
nos olhos de minha Mãe...


Sebastião da Gama, in 'Antologia Poética'.

1 comentário:

mariferrot disse...

Nada é mais sublime que a corrente que é passada pelo cordão umbilical !!!...

Bj Conde <3