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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Fernando Assis Pacheco





POESIA

Falei de ti com as palavras mais limpas
Viajei, sem que soubesses, no teu interior.
Fiz-me degrau para pisares, mesa para comeres,
tropeçavas em mim e eu era uma sombra
ali posta para não reparares em mim.
.
Andei pelas praças anunciando o teu nome,
chamei-te barco, flor, incêndio, madrugada.
Em tudo o mais usei da parcimónia
a que me forçava aquele ardor exclusivo.
.
Hoje os versos são para entenderes.
Reparto contigo um óleo inesgotável
que trouxe escondido aceso na minha lâmpada
brilhando, sem que soubesses, por tudo o que fazias.
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Fernando Assis Pacheco   




1 comentário:

mariferrot disse...

Amor, o adormecer de todas as causas, o sono tranquilo que vive o pesadelo, a bênção que existe e não se sente, promessa que rola sempre ausente !!!...

Bj Conde <3