POESIA
Entardece
nas margens do poente
bebo o cálice dos sonhos postos
na luz crepuscular da ilusão
na obliqua transparencia das palavras
ditas
e das que(nos)ficaram por dizer
doem-me as vagas mornas
p'lo canto das sereias encantadas
ninfas de esperança.. desgastadas
à espera de um sonho por viver
doi-me este entardecer de lua ausente
paixão tardia que a mim assim vieste
vestida de maresia . amor agreste
surgindo assim, tão de repente,
Quisera ser o sol e não poente
quisera ser candeia que alumia
as noites de ternura entrelaçada
quisera ser o dia matinal
onde tudo recomeça, transversal
e não se acaba.
por isso.....
meu amor.que seja a noite
Visita de minha alma ..permanente
e que amanheça
nas margens do poente.
Isabel Sousa (luadiurna)
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