« Vitae...»
O quarto de paredes nuas,
pintadas de branco ,
sem reflexão de qualquer som ,
silêncio da solidão,
da condição de membro
de família monoparental,
apresentava todas as manhãs
o aspecto proprio dessa condição,
cama pouco desarrumada,
sinónimo de imobilidade,
com o odor a homem solitário...
O quarto de paredes nuas,
pintadas de branco ,
sem reflexão de qualquer som ,
silêncio da solidão,
da condição de membro
de família monoparental,
apresentava todas as manhãs
o aspecto proprio dessa condição,
cama pouco desarrumada,
sinónimo de imobilidade,
com o odor a homem solitário...
Agora as paredes continuam nuas,
a cor é a mesma,
mas as paredes ecoam
com os sons do prazer,
gritos e gemidos audíveis
despudoradamente rompendo o silêncio ,
sinfonia do amor, gritada a dois...
...sem cuidar de os abafar,
porque o amor não se abafa ,
grita-se...
a cor é a mesma,
mas as paredes ecoam
com os sons do prazer,
gritos e gemidos audíveis
despudoradamente rompendo o silêncio ,
sinfonia do amor, gritada a dois...
...sem cuidar de os abafar,
porque o amor não se abafa ,
grita-se...
A cama é um caos ,
palco das refregas
que deixam os lençõis vincados
dos movimentos a dois...
...compassados,
ritmados,
assíncronos,
e o odor a fêmea
mistura-se alacremente
ao do macho saciado...
palco das refregas
que deixam os lençõis vincados
dos movimentos a dois...
...compassados,
ritmados,
assíncronos,
e o odor a fêmea
mistura-se alacremente
ao do macho saciado...
Hamilton Ramos Afonso
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