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terça-feira, 15 de setembro de 2020

 



                             




































Mais do que sonho: comoção!
Sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido. E recompões com essa veste, que eu, sem saber, tinha tecido,  todo o pudor que desfizeste como uma teia sem sentido; todo o pudor que desfizeste a meu pedido. Mas nesse manto que desfias, e que depois voltas a pôr, eu reconheço os melhores dias do nosso amor.

 David Mourão-Ferreira

1 comentário:

mariferrot disse...

Coisas lindas que um Poeta pensa antes de escrever, elos que ligam este mundo a um outro que há de vir, nascente pura para saciar as almas sedentas !!!... <3


Beijo Conde