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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Egito Gonçalves

 



                     

Photo: Man Ray



































O areal é o desenho branco do teu corpo
E o rio corre como se tu não existisses...
Sonolentas pálpebras cerrando-se
As nuvens cortam as manchas do luar.

Aguardando o quebrar da tua voz
Que a sulcará de ternura e de ruído
A paz ronda a silenciosa margem
Onde se estende o teu vulto imaginado.



Egito Gonçalves

1 comentário:

mariferrot disse...

O curso das palavras, corridas no rio da fluência, numa estreita intimidade com o corpo !!!... <3


Beijo Conde