TEMPO
Te abandonas molemente aos afagos.
Percebo que teus seios são montanhas,
Teu ventre, um vale e, quando me apanhas,
Que teus olhos são dois enormes lagos.
Quando, então, danças no escuro
No ritmo febril de tua respiração
Teu sangue é uma lava, teu corpo, um vulcão
E no teu corpo o tempo está seguro.
Depois mais mole, e mesmo saciada,
Um sorriso, ou melhor, uma flor
Desabrocha como fruto do amor
E o tempo parece que não é mais nada!
(De "Apocalypse", Editora Zanzalás, 1982).
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