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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

© francisco valverde arsénio






(…) Em solo absoluto improviso a pauta repleta de acordes. Incito a narrativa por escrever na criação caótica que me varre o sentimento. Intangível o desejo do corpo em forma de guitarra neste tempo sem tempo. És o princípio. Somos o fim. Não há nevoeiro mas vejo o branco dos teus olhos nas rochas. Cruzas e descruzas as pernas. E há sempre uma promessa de retorno, de voltar ao principio da noite. Nua. Pegas no colar de pérolas e vestes-te com ele ante o sossego das sombras que caem do pequeno candeeiro com abajur carmim. Intimistas, somos personagens sobre a cama, e abandonados nas almofadas respondemos calados aos olhares difusos que emergem do espelho. Soletro cada uma das cordas da guitarra e tu cantas suspiros com sabor a pele quente. (…).
© francisco valverde arsénio   
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e guitarra





1 comentário:

Mariferrot disse...

Não somos o fim, somos sempre renovação !!!... <3