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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Antonio Carlos Cortez














o limite da sombra é a interrogação
o nome que possui todos os nomes é teu
se a folha de papel o recupera em novas
equações de sentido tão palpável como a pele
o limite é a incontida beleza de águia de rapina
o olhar de sol e luz no teu nome na tua
arquitectura nesse fio de líquen
nesse rigor de voo de ave que está para além
da vida visível para além do visível corpo
do corpo levantado dia após dia turva claridade
a palavra nos teus seios nessas mãos de
frémito feroz de um verde límpido
de rocha e lava O limite é o rigor e o tempo
entregues às águas da noite


António Carlos Cortez

Photo : Man Ray




















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