Não persigo
nem vento nem flores
caminhos ou cores
Não consigo
desenhar sorrisos
onde ardem dores
E por qualquer lado
onde me arraste
há sempre um canto aziago
pleno contraste
com a alvéola aura que me cobre
com o manto de dor que me veste
E assim
de canto em canto
de mim perdida
vou vivendo a vida
nem sempre alegre
nem sempre triste
olhando o negrume
que persiste
em rodear os meus passos
e o cinza alabastro
com que cinzelo as palavras
uma a uma
como se fossem obras de arte
em mim retidas
e guardadas
esperando melhores dias
esperando tocar-te com a leveza
de uma estrela cadente
como se fosse canto
como se fosse gente!...
são reis
031014.
1 comentário:
Não persigo
nem vento nem flores
caminhos ou cores
Não consigo
desenhar sorrisos
onde ardem dores
E por qualquer lado
onde me arraste
há sempre um canto aziago
pleno contraste
com a alvéola aura que me cobre
com o manto de dor que me veste
È assim a vida,bjinho Conde.
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