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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Fernando Campos de Castro NINGUEM HÁ-DE SABER



Ninguém há-de saber do nosso amor
Nem nada do que sinto ou que tu sintas
Ninguém há-de saber seja o que for

Das nossas duas bocas tão famintas
Ninguém há-de saber da luz intensa
Que há num corpo assim amotinado
Nesta secreta entrega assim suspensa
Entre o prazer divino e o pecado

Ninguém há-de saber do nosso cheiro
Do mundo que nós pomos num só verso
Ninguém há-de saber do paradeiro
Do nosso amor maior que o universo
Ninguém há-de saber desta ternura
Nem do segredo amor que ouço e digo
Ninguém há-de saber desta loucura
De quando morro e vivo a sós contigo


Fernando Campos de Castro
 
 
 
 

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