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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Carlos Barral //// Y tú amor mío...

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 Y tú amor mío, ¿agradeces conmigo
 las generosas ocasiones que la mar
 nos deparaba de estar juntos? ¿Tú te acuerdas,
 casi en el tacto, como yo,
 de la caricia intranquila entre dos maniobras,
 del temblor de tus pechos
 en la camisa abierta cara al viento?
 
 Y de las tardes sosegadas,
 cuando la vela débil como un moribundo
 nos devolvía a casa muy despacio...
 Éramos como huéspedes de la libertad,
 tal vez demasiado hermosa.

 El azul de la tarde,
 las húmedas violetas que oscurecían el aire
 se abrían
 y volvían a cerrarse tras nosotros
 como la puerta de una habitación
 por la que no nos hubiéramos
 atrevido a preguntar.

 Y casi
 nos bastaba un ligero contacto,
 un distraído cogerte por los hombros
 y sentir tu cabeza abandonada,
 mientras alrededor se hacía triste
 y allá en tierra, en la penumbra
 parpadeaban las primeras luces.

E tu, amor meu....

E tu, amor meu amor, agradeces comigo
as generosas ocasiões em que ao mar
nos deparávamos de estarmos juntos? Tu te lembras,
quase ao tato, como eu,
das carícias inquieto entre duas manobras,
dos tremor de teus seios
na camisa aberta ao vento?

E das noites calmas,
quando a vela débil como um moribundo
nos devolvia a casa muito devagar.....
Éramos como hóspedes da liberdade,
talvez demasiada formosa.
 
O azul da tarde,
as úmidas violetas que escureciam o ar
e se abriam
e voltavam a se fechar atrás de nós
como a porta de um quarto
para o qual não havíamos
nos atrevido a perguntar.

e quase
no bastava um ligeiro contato, um tocar-te distraído dos ombros e sentir tua cabeça abandonada, enquanto ao redor tudo s
e fazia triste e, pela terra, na penumbra cintilavam as primeiras luzes.

 Carlos Barral


 

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