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domingo, 3 de março de 2013

Eu , Florbela Espanca


 
Até agora eu não me conhecia,
Julgava que era eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
 
Mas que eu não era eu não o sabia
E, mesmo que o soubesse, o não dissera…
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim… E não me via!
 
Andava a procurar-me - pobre louca! -
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
 
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
 
Sara
 
 

1 comentário:

Unknown disse...

OLÁ!!!!!!!

A "NOSSA" querida FLORBELA...


SENSUAL.....e MARAVILHOSA...AMANTE .... e SOFRIDA!!!!!

TOCANTE e INATINGÍVEL....


"E esta ânsia de viver que nada acalma

É a chama da tua alma a esbrasear

AS APAGADAS CINZAS DA MINHA ALMA."


LINDÍSSIMO

BEIJOS