Sonhei que não tinha mais idade
Tive sonhos de liberdade
Sonhei desafios de saudade
Cavalos desabridos
à desfilada no meu peito
Sem respeito
sem controlo nem idade
Acalentando lembranças
sonhos de mil crianças
nascidos em mim
Pousados em mim
Inocência perdida
Vontade desabrida
Sem registo nem idade
Como um cacto no deserto
altivo, uniforme
De uma resistência enorme
Sonhos desfolhados em desertos insípidos
Cruéis, enormes e brutais
Perdidos no meio de nada
Pedaços que me ferem como punhais
Aos quais me apego
E dos quais eu não prescindo
Labirinto da minha saudade
do meu tempo sem idade
sonhos meus
Meu sonho acalentado
Num tempo sem idade
Meu desejo amordaçado
Meu desejo de Liberdade
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