Ergo uma rosa, e tudo se ilumina Como a lua não faz nem o sol pode: Cobra de luz ardente e enroscada Ou ventos de cabelos que sacode. Ergo uma rosa, e grito a quantas aves O céu pontua de ninhos e de cantos, Bato no chão a ordem que decide A união dos demos e dos santos. Ergo uma rosa, um corpo e um destino Contra o frio da noite que se atreve, E da seiva da rosa e do meu sangue Construo perenidade em vida breve. Ergo uma rosa, e deixo, e abandono Quanto me doi de mágoas e assombros. Ergo uma rosa, sim, e ouço a vida Neste cantar das aves nos meus ombros.
Seguidores
quarta-feira, 20 de março de 2013
Ergo uma rosa, e tudo se ilumina / José Saramago
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
olà! D. JUAN
....ergo uma rosa....
....e tudo se ilumina....
....e oiço a vida...
....neste cantar de aves nos meus ombros!"
LINDÍSSIMAS ESTAS PALAVRAS DO AUTOR!!!!
BEIJOS D. JUAN
Enviar um comentário