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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Silêncio





Dos corpos esgotados que silêncio
tão apaziguador se levantava!
(Tinha uma rosa triste nos cabelos,
uma sombra na túnica de luz...)
Para o fundo das almas caminhava,
devagar, o sonâmbulo silêncio.
(Que apertados anéis nos braços nus!)
Mas o silêncio vinha desprendê-los.


David Mourão-Ferreira

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