Hoje ainda sou eu
que me olho no espelho
que vejo um reflexo
que nem sei mais se é meu
Mas sei que não serei assim para sempre
Hoje ainda sou eu que escrevo
e que a custo escrevo o que sinto
amanhã poderei ser outra que não eu
Hoje ainda sou eu poesia
canto de cotovia
que te veio acordar
amanhã poderei ser apenas névoa
que dorme contigo
no teu recanto
no canto do teu olhar
Hoje ainda sou eu que te adormeço
que rabisco sentimentos
que deambulo segredos
meus e teus
e de mim me esqueço
só pra te velar
Hoje ainda sou eu a corda do teu violino
o coração desassossegado
a falta de tino
a paixão desenfreada
o compasso feito melodia
nos versos da tua canção
Hoje ainda sou o teu poema
a estrofe incabada
a palavra por dizer
esquecida no canto da tua boca
Amanhã serei apenas outra
a louca
a insensata
que da vida farta
resolveu dar um basta
e perdida de si
resolveu te amar
e com isso se castigar
hoje ainda sou eu
a que te encanta os olhos
a que de ti se lembra
e de quem tu lembras...
amanhã não sei quem serei...
nem sei se te amarei...
São Reis
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
AINDA SOU EU... São Rei
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