Filhos dum deus selvagem e secreto
E cobertos de lama, caminhamos
Por cidades,
Por nuvens
E desertos.
Ao vento semeamos
O que os homens não querem.
Ao vento arremessamos
As verdades que doem
E as palavras que ferem.
Da noite que nos gera, e nós amamos.
Só os astros trazemos.
A treva ficou onde
Todos guardamos a certeza oculta
Do que nós não dizemos
Mas que somos.
José Carlos Ary dos Santos, in "Obra Poética", pág.51, Edições Avante
1 comentário:
não te zangas se eu levar ;)?
não é a ti é ao poema ;))))
p'ró vento, rss
dia destes
bjin
[lindo o som]
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