Terra de ninguém
Terra de ninguém
Imagino que à passagem do tempo
somos uma estância em metamorfose,
percorremos o limite da utopia
a cada batimento da terra
e, só o silêncio nos é revelado.
Basta ler os lugares dos sonhos
e, de quem os habita.
Mas, na orla infinita do tempo incerto
da passagem da nossa existência humana
há ainda versos por ler
no enleio do fio dos dias.
Nada que agrida me é semelhante.
Nada que floresça me é indiferente.
Atravesso desertos
e, nos desencontros
descubro sinais visíveis, mil reflexos
de sustos e refúgios.
Inocularia na humanidade
alimento indispensável
para as almas da terra de ninguém,
onde a bondade ainda brilha.
Oiço, apenas, a memória que madruga
no envelhecimento da paz.
1 comentário:
´´....Percorremos o limite da utopia....
....Basta ler o lugar dos sonhos....
....Mas,na orla infinita do tempo incerto ...
....Há ainda versos por ler...no enleio do fio dos dias...´´
LINDO.
PORQUE A VIDA É UM POEMA,INACABADO...
BEIJOS
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