Laura Santos ///// A pomba
Sonhei que o teu corpo era um riacho.
Nas tuas margens plantei todas as sementes;
De ti tudo nasceu, tudo transformaste:
O que sonhei, o que sonhaste.
Do sol veio a luz,
No teu corpo lavrado floresci.
Depois nem sei, vi que mudaste.
Já não eras riacho, eras fonte seca
Onde mirei o meu olhar.
Do teu corpo nu brotou a árvore,
Dos teus cabelos revoltos, como folhas, o silêncio
As minhas mãos poisaram como pássaros
Nas tuas mãos abertas como pontes.
Tua boca debiquei e tu sorriste.
Do nada surgiu o teu peito branco,
Nas tuas costas graníticas me sentei.
Debrucei-me sobre ti, uma nuvem surgiu;
Do céu dos teus olhos, como grãos
Gotas caíram.
Sequiosa pomba mensageira, uma bebi.
Passei teu território, a fronteira.
Voltei de novo a ti mas não te vi.
Diz-me meu amor porque voaste...
Nas tuas margens plantei todas as sementes;
De ti tudo nasceu, tudo transformaste:
O que sonhei, o que sonhaste.
Do sol veio a luz,
No teu corpo lavrado floresci.
Depois nem sei, vi que mudaste.
Já não eras riacho, eras fonte seca
Onde mirei o meu olhar.
Do teu corpo nu brotou a árvore,
Dos teus cabelos revoltos, como folhas, o silêncio
As minhas mãos poisaram como pássaros
Nas tuas mãos abertas como pontes.
Tua boca debiquei e tu sorriste.
Do nada surgiu o teu peito branco,
Nas tuas costas graníticas me sentei.
Debrucei-me sobre ti, uma nuvem surgiu;
Do céu dos teus olhos, como grãos
Gotas caíram.
Sequiosa pomba mensageira, uma bebi.
Passei teu território, a fronteira.
Voltei de novo a ti mas não te vi.
Diz-me meu amor porque voaste...
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