Quem me vê por fora
não imagina o turbilhão
que vai por dentro de mim
Por baixo da aparente calmaria
há uma tempestade que se levanta
um barco que se faz ao mar
dois olhos que conquistam
e se indagam à mínima questão
sentidos alerta ao mínimo ruído
E meus braços....
...meus braços são remos
são ramos
são cais de partida
e porto de chegada
E o resto do meu corpo
é talvez aquela enseada
onde se descansa
quando o mar se altera
onde se procura a paz
enquanto se espera
Posso ser tantas coisas
que não digo
ser penitência e ser castigo
ser oração e refúgio
ser paz, ser contra senso
ser barco, ser vela
noite, dia e estrela
Serei também e talvez uma brisa
que teima em passar
quando ficas à janela
poderei ser flor que se desprende
e te acaricia
E poderei finalmente ser
aquela companhia
que nunca se quis
mas sempre se desejou
aquela por quem o coração não torce
mas que não se consegue
esquecer...
São reis
1 comentário:
Serei tudo isso, só assim o amor é
amor e a vida apaixonante. Lindo!!!!
Beijos ...........CONDE
LI
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