Penélope
mais do que um sonho: comoção!
sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.
e recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.
mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor.
1 comentário:
OLÁ!!!!!!
Este MARAVILHOSO poema de DAVID MOURÃO FERREIRA..remete(´me)para um comentário que li algures :)
#O que distingue um BOM POETA
é a capacidade de dizer
o que nunca foi dito
mas (que) nós sabemos....#
beijo :(
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