PASSAGEM PELO ESCURIDÃO ILUMINADA
Eu finjo que não sei quem tu és; ...
que não escuto tua voz;
que não conheço teus passos,
nem teu corpo,
na escuridão que nos encobre
nas nossas noites de amor.
Mas, sei que tu sabes
e, mais ainda sei,
que passarão esses tempos loucos,
dos quais não podemos fugir,
e nos veremos, amanhã,
no brilho da manhã,
com os mesmos rostos,
que, mudos na escuridão,
disseram coisas de amor,
que nenhuma a luz, em todo o seu esplendor,
poderia iluminar tanto o mundo.
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