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sábado, 22 de outubro de 2016

FRANCISCO VALVERDE ARSÉNIO // A COR DOS TEUS OLHOS!


POEMA



 
Se o infinito fosse azul...
para que serviria a cor dos teus olhos?
Há palavras,
faço palavras,
e elas fundem-se nos sonhos do poeta.
Folhas secas ou em branco,
varridas pelo vento ou desprovidas da caneta,
e uma noite escura,
e uma madrugada de prata,
e um dia de abraços.
E novamente a cor dos teus olhos,
e o medo que as estrelas te roubem o brilho,
e que o mar te vista de mil ondas.
Fecho-me nas lágrimas vertidas contigo
ou na tua ausência;
fico-me na espera
ou de espera,
fico-me no tempo que fazemos nosso tempo.
E novamente a cor dos teus olhos,
e os pássaros roucos de tanto cantar,
e há perfumes que te levam e trazem,
e há a lua que se pintou da cor dos meus cabelos…
Ah! Essa cor dos teus olhos.





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