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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

PERCETO II




(Talvez Obsessões Prazeirosas fosse um bom título)


PERCETO II

Sempre estive, estou errado,
Porém, ser certo é monótono.

Troco o tônico e átono,
As pernas e os bares sem pena.

A pena que me deram, ser poeta,
Me pesa nas pálpebras cansadas.

A minha amada trata o sexo
Como supérfluo e o essencial

Seria tê-la, três vezes ao dia,
Como me receitou o doutor

Que sabe da fraqueza imensa
Do meu pobre e velho coração.

Faz assim não! Faz! A poesia,
Como o sexo, não me dá nenhuma paz!


(Do livro A Alquimia da Vida, Editora Castanheira/Printer Laser, 1999
).

1 comentário:

disse...

O coração trai-nos, mas é um trair muito saboroso. bem haja o AMOR em toas as dimensões.

Beijo gostoso...........CONDE

LI