Matas um pouco a cada dia
aquilo que por algum momento me deu alegria.
Sim, matas um pouco cada dia.
Em cada palavra que fere.
Em cada gesto que acutila.
Em cada olhar que inflama.
Em cada silêncio que grita.
Matas lentamente a cada dia.
E eu morro junto
porque sempre acreditei que era esse amor
que me dava oxigénio
e me prendia aos braços da vida.
Não, não pode ser eterno enquanto dura,
como cantou o poeta,
porque me sufoca.
Porque me asfixia.
Porque me aniquila.
Porque só em mim
ainda (sobre)vive.
Sandra Subtil
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