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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Nara Rúbia Ribeiro /// DOR DA NOITE



Quando o vento sua,
O orvalho recobre as paisagens de mim
E reinvento tua mão

Na demora do adeus.

Mas se a chuva ora definha
O meu peito sangra memórias que não tenho
E escrevo-te um poema
Como se regressasses.

Desenho-te, como se existisses
E suplico por tua sombra
Como se o som do teu peito
Os meus olhos cegassem.


Nara Rúbia Ribeiro
 
 

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