Quando o vento sua,
O orvalho recobre as paisagens de mim
E reinvento tua mão
Na demora do adeus.
Mas se a chuva ora definha
O meu peito sangra memórias que não tenho
E escrevo-te um poema
Como se regressasses.
Desenho-te, como se existisses
E suplico por tua sombra
Como se o som do teu peito
Os meus olhos cegassem.
Nara Rúbia Ribeiro
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