Pablo
Neruda
Me falta tiempo para celebrar tus cabellos.
Uno por uno debo contarlos y alabarlos:
otros amantes quieren vivir con ciertos ojos,
yo sólo quiero ser tu peluquero.
Uno por uno debo contarlos y alabarlos:
otros amantes quieren vivir con ciertos ojos,
yo sólo quiero ser tu peluquero.
En Italia te bautizaron Medusa
por la encrespada y alta luz de tu cabellera.
Yo te llamo chascona mía y enmarañada:
mi corazón conoce las puertas de tu pêlo.
por la encrespada y alta luz de tu cabellera.
Yo te llamo chascona mía y enmarañada:
mi corazón conoce las puertas de tu pêlo.
Cuando tú te extravíes en tus propios cabellos,
no me olvides, acuérdate que te amo,
no me dejes perdido ir sin tu cabellera.
no me olvides, acuérdate que te amo,
no me dejes perdido ir sin tu cabellera.
por el mundo sombrío de todos los caminos
que sólo tiene sombra, transitorios dolores,
hasta que el sol sube a la torre de tu pêlo.
que sólo tiene sombra, transitorios dolores,
hasta que el sol sube a la torre de tu pêlo.
Soneto XIV
Me falta tempo para
celebrar os teus cabelos.
Um por um devo contá-los e elogiá-los:
outros amantes querem viver com certos olhos,
eu somente desejo ser o teu cabeleireiro.
Um por um devo contá-los e elogiá-los:
outros amantes querem viver com certos olhos,
eu somente desejo ser o teu cabeleireiro.
Na Itália te
batizaram de Medusa
pelo encrespado e alto brilho de tua cabeleira.
Eu te chamo minha enganadora e emaranhada:
meu coração conhece as portas de teus pêlos.
pelo encrespado e alto brilho de tua cabeleira.
Eu te chamo minha enganadora e emaranhada:
meu coração conhece as portas de teus pêlos.
Quando tu te extravias em
teus próprios cabelos,
não me esqueças, lembra-te que te amo,
não me deixes perdido ir sem a tua cabeleira
não me esqueças, lembra-te que te amo,
não me deixes perdido ir sem a tua cabeleira
que só tem sombra, transitorias dores,
até que o sol suba à torre de teu pêlo.
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