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domingo, 3 de novembro de 2013

JOSÉ SARAMAGO /// ESPAÇO CURVO E FINITO

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Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.




Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças e ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe, um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.
 

JOSÉ SARAMAGO
 
in OS POEMAS POSSÍVEIS (Portugália, 1966; Caminho, 1981)
 
 
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