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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Joaquim MONTEIRO /// Sei que virás...




Sei que virás ao tempo de uma luz coada
Sem nenhum vento e com a maresia no olhar
A alegria do sol afagando as rochas
Falando pelos búzios teu incontido sal.

E não se perderão sequer os mínimos cristais
Quando, na cama de areia rolares teu corpo.

Porque é de ti que vem a pureza inicial
Num mundo tão gasto e tão sofrido.

Esperarei por ti, não no promontório de todas as horas
Mas na caverna mais clara e azul de tua voz.


Joaquim MONTEIRO
2013-11-01
(© todos os direitos reservados)

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