ESCREVER E LER-TE
Leio-te entre a luz e a sombra
O calor e o frio. Leio-te na quietude, ou
No estremecimento da pele quando água.
Ou dos dedos quando escrevem labaredas
Num desejo irreprimível de ser Sol.
Escrevo-te onde tudo não passa
Da forma primeira de te amar,
Qual meu coração, gerando a luz
Que ilumina a casa dos sonhos
E do saber, abrindo-se à plenitude das fontes,
À ferocidade com que o sangue é mar.
Vejo em ti a materialização da quimera
A efémera, a mais intensa transparência da linfa
Na lenta agonia da febre quando, as chamas
Irrompem pelo mar adentro, iluminando
O olhar dos peixes que batem desesperados
Contra os cascos dos inábeis e verdes barcos.
Procuro em ti, o lento empalidecer das estrelas,
O suave espasmo de animal repousado,
Que mais não quer que, a forma única
E irrepreensível, com que escreves com teus lábios
A mais íntima e secreta forma de me amares.
Joaquim MONTEIRO
2013-07-01
4 comentários:
Quando existe amor todas as formas são vistas por uma ludibriante beleza,só quem ama entende . É o divino a tocar o transcendente.
Gostei........BEIJOS ......CONDE
"escrever e ler-te
é a materialização da quimera.........
A efémera.a mais intensa transparência da linfa..........
LINDO È O SONHO QUANDO pode ser REPARTIDO....
LINDOOOOOOO!!!!!!!
Muitos BEIJOS NO TEU CORAÇÁO
"escrever e ler-te"
è a matereliazaçáo da quimera....
A efémera,a mais intensa transparência da linfa..............
Um sonho é sempre BELO...Quando o AMOR
é uma REALIDADE REPARTIDA..........
beijo doce
Leio-te entre a luz e a sombra
O calor e o frio.
beijinho,Conde.........
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