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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Joaquim MONTEIRO /// ESCREVER E LER-TE

ESCREVER E LER-TE 

Leio-te entre a luz e a sombra
O calor e o frio. Leio-te na quietude, ou
No estremecimento da pele quando água.
Ou dos dedos quando escrevem labaredas
Num desejo irreprimível de ser Sol.

Escrevo-te onde tudo não passa
Da forma primeira de te amar,
Qual meu coração, gerando a luz

Que ilumina a casa dos sonhos

E do saber, abrindo-se à plenitude das fontes,

À ferocidade com que o sangue é mar.


Vejo em ti a materialização da quimera

A efémera, a mais intensa transparência da linfa

Na lenta agonia da febre quando, as chamas

Irrompem pelo mar adentro, iluminando

O olhar dos peixes que batem desesperados

Contra os cascos dos inábeis e verdes barcos.


Procuro em ti, o lento empalidecer das estrelas,

O suave espasmo de animal repousado,

Que mais não quer que, a forma única

E irrepreensível, com que escreves com teus lábios

A mais íntima e secreta forma de me amares.



 Joaquim MONTEIRO
2013-07-01







4 comentários:

disse...

Quando existe amor todas as formas são vistas por uma ludibriante beleza,só quem ama entende . É o divino a tocar o transcendente.

Gostei........BEIJOS ......CONDE

Unknown disse...


"escrever e ler-te


é a materialização da quimera.........

A efémera.a mais intensa transparência da linfa..........

LINDO È O SONHO QUANDO pode ser REPARTIDO....

LINDOOOOOOO!!!!!!!

Muitos BEIJOS NO TEU CORAÇÁO

Unknown disse...




"escrever e ler-te"

è a matereliazaçáo da quimera....

A efémera,a mais intensa transparência da linfa..............

Um sonho é sempre BELO...Quando o AMOR

é uma REALIDADE REPARTIDA..........


beijo doce

fatima disse...

Leio-te entre a luz e a sombra
O calor e o frio.

beijinho,Conde.........