deixa-me ser a tua casa
o corpo inteiro do teu habitar
deixa-me ser a porta quotidiana
aberta pela tua mão para o teu entrar
deixa os meus lábios serem o fogo em que te esqueças
e os meus olhos a luz que queiras respirar
deixa-me ser de pão mesa cama
e o velho livro de versos para à noite folhear
deixa-me ser o interior do teu repouso
deixa-me ser o teu ficar
deixa-me ser o teu estar
Sousa Dias
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