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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Luís Miguel Nava

 

Photo: Vivian Maier 














Gostava de passar pela experiência de um desses espelhos em frente 
dos quais um outro colocado - sentir a minha imagem multiplicar-se 
por mim dentro até ao infinito. Porque é isto justamente o infinito - o 
interior de um espelho em face do qual outro foi posto. Sempre que dois 
espelhos amorosamente se interpelam, qualquer deles, incorporando o
outro, o atravessa e, carregando-o consigo, se coloca, perfilado e atento,
do outro lado.


Luís Miguel Nava

1 comentário:

adry disse...

Notável poema de Luís Miguel Nava.
Um poeta que bebeu a influência dos maiores poetas de referência.
A sua morte, prematura e brutal, ceifou um génio da poesia ,de inteligência e talento , ímpar.

Sou grande admiradora da sua poesia.
Parabéns por este momento mágico,num poema de grande profundidade existencial.
Um beijo.