CANTO BRANCO DE AMOR
Amo a brancura de tua pele
quando me fere
com sua doce entrega.
O bico azul de teus seios,
fontes de mel, nascedouros de prazeres,
portos de precipícios de desejos,
brinquedos lúdicos de sonhos infantis.
Ainda sinto teus beijos,
muito tempo depois,
no meu sono
e ainda guardo os ardores insaciados,
os desejos guardados,
ansiosos por poderem se expandir
atrás de ti,
como fantasmas da paixão,
que rondam as terras desconhecidas
atrás da flor fugaz do gozo,
flor preciosa,
entre as pernas
nos brancos campos de neves
onde nunca chegaram
a maciez ávida de minha língua,
seca ainda, chorosa à míngua
dos líquidos que hão de brotar,
do germinar sem fim
do amor que há em ti,
que há em mim
e quer te ver esposa, menina , mulher
a gemer, gritar, dizer
que existe sim,
que te guardastes tanto,
de modo quase santo,
a esperar por uma festa assim,
a esperar tanto amor,
a esperar por mim!
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