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terça-feira, 11 de outubro de 2022

"" R y k @ r d o ""

 terça-feira, 11 de outubro de 2022

Continuo sem cantar saber

 

...
Não existia uma varanda como aquela
Onde uma menina, por vezes aparecia
Tinha um corpo de flor, linda donzela
Por quem me apaixonei num belo dia
.
Não sei a razão, assim que eu aparecia
E achava tão estranha a razão aquela
Que tão formosa mulher, logo fugia
E na minha presença fechava a janela
.
Teimando, dia após dia, por ali passava
E ela ao ver-me, como vento que corta
Logo saia, mas sei que me espreitava
Até que fui tocar à campainha da porta
.
Entre as coisas que comigo mexeram
Quando surgiu aquele olhar penetrante
Confesso que minhas pernas tremeram
E só pensei em sair dali num instante
.
Mas, como homem que nunca desistiu
Decidi cantar-lhe uma canção de amor
Ela olhou para mim e maliciosa sorriu
Dizendo: cantas mal, cala-te por favor
.
Ela trazia uma vassoura segura na mão
Tirei-la e, nervoso, comecei eu a varrer
Passaram muitos anos mas, desde então
Continuo, junto dela, sem cantar saber
.
Ela continua a ser linda, mulher sedutora
É verdade que nunca me ensinou a cantar
Já a varrer, sempre foi super encorajadora
Da vassoura não mais me deixou esquecer

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"" R y k @ r d o ""




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