insónia...
Não sei quantos dos dias ainda serão de chuva,
Não me importo que seja uma primavera adiada
As flores se atrasem a desabrochar
As noites são longas em mim
Não consigo vencer a falta de sono o desassossego interior
Por vezes dormes ao meu lado
Por vezes desenho-te de memória na cama
E percorro as tuas costas com beijos ternos
Por vezes acordas e dás-me um abraço apertadinho
Ficamos aninhados um no outro
Adormeço por fim…
Mas tudo é irrealidade em mim
Tu, a tua silhueta, a tua pele
As formas do teu corpo despido
Os cabelos na almofada desalinhados
As tuas mãos abertas...
E os beijos
São como gotas da chuva que escorre na vidraça fria
Não passam de criações do cérebro cansado
O desassossego interior
O livro aberto sobre a cama
A falta de sono…
João marinheiro
Ineditos 2013
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