"Vivo sempre no presente. O futuro não o conheço. O passado já não o tenho." F. Pessoa
                                        Sinto coisas que aconteceram ontem 
                                        como se tivessem acontecido hoje.
                                        Mas o tempo intolerante foge.
                                        Passa por nós e pelas coisas
                                        como invisível cavaleiro andante.
                                        Acena-nos com o amanhã e o durante,
                                        esquiva-se a ser guardado numa sacola.
                                        Esconde-se enquanto passa insinuante
                                        presente passado. Pesada e lenta passarola.
                                        Na sacola guardamos o fumo do que foi,
                                        o que alegra ou entristece, e o que dói.
                                        A sacola é tudo o que dele resta,
                                        talvez a dor, a alegria, um dia de festa.
                                        O tempo. Petulante ladrão das horas,
                                        da pressa. Da ingenuidade juvenil.
                                        De momentos perdidos nas demoras
                                        guardando na sacola o teu perfil.
Laura Santos

 
1 comentário:
Na sacola guardamos o fumo do que foi,
o que alegra ou entristece, e o que dói.
A sacola é tudo o que dele resta,
talvez a dor, a alegria, um dia de festa.
O tempo. Petulante ladrão das horas,
da pressa. Da ingenuidade juvenil.
De momentos perdidos nas demoras
guardando na sacola o teu perfil...Lindissimo e verdadeiro...Beijo Conde
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