Escuta, meu amor,
o canto pungente das mãos
que te procuram de ansiedade
e que de tardança o destroem,
tornando-o triste e negado.
Não há pranto, não há nuvens
para que o teu amor
fique no canto
amordaçado e ferido,
mas a cada minuto sem ti
há um além-mundo de incertezas
que no meu enlevo se alojam
em amoral desencanto.
Sem ti, sem o teu fogo,
sou um coveiro de sonhos
a remexer nas cinzas
do que não foi queimado
na fogueira imaginária do teu não.
Nilson Barcelli / Abril 2014
2 comentários:
Sem ti, sem o teu fogo,
sou um coveiro de sonhos
a remexer nas cinzas
do que não foi queimado
na fogueira imaginária do teu não.
Lindissímo,bjinho Conde D.Juan.
"... na fogueira imaginária do não"
o poema é realmente lindo!
também a tela o é, que pena não se ver a onda que persegue esses cavalos magnificos :)
beijo, fantasma diurno.
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