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terça-feira, 20 de outubro de 2020

.......................... Só. ........................

 



                      



[só]
Poeta só.

Porque só é a solidão de um poema.
Nevoeiro é o que vejo dentro do peito.
Rarefeito o racional, banal o carnal.
Bacanal de emoções vãs.
Só está a solitude de uma prosa.
Nua de versos ou ritmos.
Crua e incerta
inserta a solidão no poeta.
Fico só com estas letras.
Chove do lado de fora da janela,
dentro do peito só nevoeiro,
orvalho e melancolia.
Só.

Texto: Andreia Marques
Foto: Ana Gilbert

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