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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

FRANCISCO VALVERDE ARSÉNIO

 


Ler um poema - FRANCISCO VALVERDE ARSÉNIO


                                Leio um poema em voz alta virado para o mar. Sim! É verdade, o ar que me sai da boca trina como uma guitarra portuguesa... porque será que as gaivotas estão pousadas?

 Nunca tinha lido um poema assim em que os versos são palpáveis como a textura da tua pele, como a inquietude do vento na areia. 

Leio um poema que trouxe nas mãos onde tu deixaste o caminho dos teus dedos. Leio um poema sobre o azul dolente das águas.


Francisco Valverde Arsénio





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