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domingo, 10 de março de 2019

Paul Éluard





Photo: Henri Cartier-Bresson 
















Os jogos dessas estranhas crianças que são as nossas
Brincadeiras simples que lhes transformam os olhos em maravilhas
Repletos de uma febre que os aproxima e os afasta
Do mundo em que sonhamos deixar aos outros o nosso lugar

As brincadeiras de azul e de nuvens
De coisas delicadas e correrias à dimensão de um coração futuro
Que jamais será culpado
Os olhos dessas crianças que são os nossos olhos antigos

Tivemos um encanto como as fadas jamais tiveram.


Paul Éluard

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