“Búzio”
Hoje não trago nada que dizer....
Sossega o teu rosto no meu peito
Repousa em mim a tua tristeza.
Ouve os segredos que te não digo
E a canção de forte esperança
Que germina e rompe devagarinho
Por todos os caminhos da vida,
Na pureza desta tarde,
Ao lusco fusco,
Abre comigo os olhos para os belos horizontes
Ao lusco fusco,
Abre comigo os olhos para os belos horizontes
Cada poente mistifica sempre
Uma nova madrugada.
Uma nova madrugada.
Repousa em mim a tua tristeza.
Abre comigo os olhos para a vida.
Abre comigo os olhos para a vida.
Hoje a minha voz é de búzio
Fala baixo e em segredo
Numa canção que enche o mar, o mundo,
E germina e rompe devagarinho
Por sobre os escombros de luz
Deste poente que cai sobre o mar
Numa angústia de eternidade.
Fala baixo e em segredo
Numa canção que enche o mar, o mundo,
E germina e rompe devagarinho
Por sobre os escombros de luz
Deste poente que cai sobre o mar
Numa angústia de eternidade.
Tomaz Jorge
Arte: Búzio na areia , foto de Pedro Sousa
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