Tu cuerpo está a mi lado
Fácil, dulce, callado.
Tu cabeza en mi pecho se arrepiente
Con los ojos cerrados
Y yo te miro y fumo
Y acaricio tu pelo, enamorado.
Esta mortal ternura con que callo
Te está abrazando a ti mientras yo tengo
Inmóviles mis brazos.
Miro mi cuerpo, el muslo
En que descansa tu cansancio,
Tu blando seno oculto y apretado
Y el bajo y suave respirar de tu vientre
Sin mis labios.
Te digo a media voz
Cosas que invento a cada rato
Y me pongo de veras triste y solo
Y te beso como si fueras tu retrato.
Tú, sin hablar, me miras
Y te aprietas a mí y haces tu llanto
Sin lágrimas, sin ojos, sin espanto.
Y yo vuelvo a fumar, mientras las cosas
Se ponen a escuchar lo que no hablamos.
Fácil, dulce, callado.
Tu cabeza en mi pecho se arrepiente
Con los ojos cerrados
Y yo te miro y fumo
Y acaricio tu pelo, enamorado.
Esta mortal ternura con que callo
Te está abrazando a ti mientras yo tengo
Inmóviles mis brazos.
Miro mi cuerpo, el muslo
En que descansa tu cansancio,
Tu blando seno oculto y apretado
Y el bajo y suave respirar de tu vientre
Sin mis labios.
Te digo a media voz
Cosas que invento a cada rato
Y me pongo de veras triste y solo
Y te beso como si fueras tu retrato.
Tú, sin hablar, me miras
Y te aprietas a mí y haces tu llanto
Sin lágrimas, sin ojos, sin espanto.
Y yo vuelvo a fumar, mientras las cosas
Se ponen a escuchar lo que no hablamos.
Jaime Sabines
Teu corpo está a meu lado
Teu corpo está a meu lado
Fácil, doce, calado.
Tua cabeça em meu peito se arrepende
Com os olhos fechados
E eu te olho e fumo
E acaricio teu pelo, enamorado.
Esta mortal ternura com que calo
Te está abraçando, enquanto eu tenho
Imóveis meus braços.
Eu olho o teu corpo, a coxa
Em que descansa o teu cansaço,
Teu seio macio, oculto e apertado
E, o baixo e suave respirar do teu ventre
Sem os meus lábios.
Te digo a meia voz
Coisas que invento a cada instante
E me ponho deveras triste e só
E te beijo como se fosses o teu retrato.
Tu, sem falar, me olhas
E te apertas a mim e crias o teu pranto
Sem lágrimas, sem olhos, sem espanto.
E eu volto a fumar enquanto as coisas
Se põem a escutar o que não falamos.
Fácil, doce, calado.
Tua cabeça em meu peito se arrepende
Com os olhos fechados
E eu te olho e fumo
E acaricio teu pelo, enamorado.
Esta mortal ternura com que calo
Te está abraçando, enquanto eu tenho
Imóveis meus braços.
Eu olho o teu corpo, a coxa
Em que descansa o teu cansaço,
Teu seio macio, oculto e apertado
E, o baixo e suave respirar do teu ventre
Sem os meus lábios.
Te digo a meia voz
Coisas que invento a cada instante
E me ponho deveras triste e só
E te beijo como se fosses o teu retrato.
Tu, sem falar, me olhas
E te apertas a mim e crias o teu pranto
Sem lágrimas, sem olhos, sem espanto.
E eu volto a fumar enquanto as coisas
Se põem a escutar o que não falamos.
Jaime Sabines
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